[Povo] Levi

O nome levi, dado a esta minoria étnica de Sark, vem do último rei deste povo, “Levi Obnerá”, sendo que o modo correto de se referir ao povo é “levi”, porém para cada indivíduo convencionou-se chamar “levita”. Ou seja: levita é o membro do povo Levi.

Divididos principalmente entre as regiões de Sark correspondentes a Etiópia, Sudões, Eritreia e Djibuti, os Levitas somam cerca de 1.550.000, menos de 1% da população total de Sark. (estima-se que haja outros 600.000 levitas ao redor do mundo)

A maior parte da população levita em Sark (80%) se concentra em 7 cidades no extremo sudeste (entre Djibuti e a Etiópia), das quais a mais populosa é Jibuti com 600.000 habitantes, dos quais 480.000 são levitas.

Sua condição étnica sempre foi um ponto polêmico, dentro e fora de Sark. Alguns antropólogos os consideram como descendentes das tribos perdidas de Israel. O caso foi amplamente discutido em 1975, depois da investigação realizada pelo Grande Rabino Joseph Sefadia. Porém naquela época não foram reconhecidos como judeus autênticos, devido a grandes diferenças quanto a alguns pontos das crenças levitas.

Os Levitas são claramente de origem semítica e seu idioma guarda correlação tanto com o hebreu e o hebraico quanto com o árabe.

Sua religião é monoteísta abraâmica, sendo que as principais figuras da sua crença são Osameriu, o deus criador que coloca ordem no Universo e Olaieriu seu antagonista, equivalente ao Demônio, tido como o senhor do caos e das trevas.

Os Levitas moram no território de Sark desde antes da forção do país, sendo que mantiveram sua identidade cultural a duras custas. Várias foram às perseguições que este povo sofreu durante a história e ainda sofre, sendo que atualmente a maior parte dos levitas são encontrados nas castas sarks de escravos e homens livres e uma minoria como comerciantes não islâmicos.

A aglomeração do povo Levi em algumas áreas se explica por uma questão de sobrevivência, muitas vezes a minoria levita que detém uma condição social melhor (comerciantes não islâmicos) empregam os homens livres e compram os escravos levitas.

Dada a perseguição do povo Levi em solo Sark, houve durante a história uma gradual emigração ao exterior, sendo que alguns milhares de levitas podem ser encontrados em cidades da costa do mediterrâneo e em países da América, porém sem representarem quantidade significante da população daqueles países. A diáspora Levita se deu de modo muito pulverizado.

A questão Orta’levi (terra levi) vem sendo discutida desde sempre. Assim como os judeus, os levitas tem a crença na terra prometida, que no caso deles se localiza no sudeste de Sark (desde Djibuti até área próxima no sudeste etíope). Desde a segunda-guerra mundial a questão ganhou destaque no meio internacional, principalmente inspiradas pelo contato com as populações levitas no exterior, porém com grande resistência do governo Sark que age como que desconhecendo a questão.

Monoteísmo

O princípio básico do Levísmo é a unicidade absoluta de Osameriu como Deus e criador, onipotente, onisciente, onipresente, que influencia todo o universo, mas que não pode ser limitado de forma alguma.

O Levísmo assume a existência de uma corte espiritual na qual o único Deus, Osameriu, seria uma espécie de rei, o qual controlaria seres chamados Obineru para execução de sua vontade, estes equivalentes a anjos no conceito judaico-cristão.

O Levísmo tem um forte senso de equilíbrio de forças, sendo que tudo nesta religião tem seu oposto, assim, o oposto de Deus é Olaieriu que comanda as forças da escuridão, sendo o Senhor do Caos.

A figura de Olaieriu, por muitas vezes, foi argumento de outros religiosos para excluir o Levísmo da classificação e monoteísmo, porém Olaieriu não é tratado como um Deus, mas sim o oposto do divino, da mesma maneira que o demônio, diabo ou satã existem em outras religiões.


Revelação

O Levísmo defende uma relação especial entre Deus, Osameriu, e o povo Levi, manifestada através de uma revelação contínua de geração a geração, por meio de profetas que são dotados da dádiva de ouvir o divino.

Diferente da maioria dos monoteísmos abraâmicos os Levitas não têm um livro religioso como a bíblia, a torá ou o corão, mas sim uma rica tradição oral na qual as passagens religiosas, em forma de poemas, são cantadas/declamadas ao ritmo do Otabá (tambor usado em cerimônias levitas).

Tais poemas religiosos são sim escritos eventualmente, mas eles não compõem um livro oficial e estático, dando o Levísmo uma maior maleabilidade e dinamicidade.


Metafísica

O entendimento dos conceitos de corpo, alma e espírito no Levísmo não faz uma distinção teológica destes, usando o termo que geralmente é traduzido como alma (Onifesha) para se referir à vida e o termo geralmente traduzido como espírito (Oroka) para se referir a fôlego.


Ressurreição e Reencarnação - vida além-morte

No Levísmo crê em uma ressurreição no reino de Osameriu para os bons e justos, como se fosse um mundo terreno sem defeitos onde viveriam com os corpos eternamente jovens.

Porém para os maus e injustos suas almas seriam reclamadas por Olaieriu e habitariam ao seu lado na escuridão em sofrimento. Após 3 séculos ao lado de Olaieriu, seria dada a alma a oportunidade de reencarnar.