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Confederação das Províncias do Grão-Paraná

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Confederação das Províncias do Grão-Paraná Empty Confederação das Províncias do Grão-Paraná

Mensagem por Helmland Sex Mar 15, 2013 7:53 pm

Confederação das Províncias do Grão-Paraná

Breve histórico: o bloqueio da vinda da família real por tropas de Napoleão em 1808, frustra a transferência da Coroa portuguesa para o Brasil, o que fragmenta a antiga colônia portuguesa em diversas províncias. Os jesuítas, que venceram a batalha de Caiboaté e se separaram de Roma(O Cisma Jesuíta), aproveitaram a chance para se unir com diversos chefes provinciais, entre eles sertanistas paulistas e até chefes de diversas nações indigenas e formaram uma confederação de estados, alguns deles diretamente administrados pela ordem religiosa. Passaram por alguns conflitos como a guerra contra as tropas portuguesas da Cisplatina,com a vitória dos nativos e a segunda guerra da Cisplatina que acabou com a separação da região e a formação do Uruguai.

Região:ocupa São Paulo, Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul,Paraguay, Missiones(ARG) e Corrientes(ARG).

Língua: guarani, português, espanhol e jopará ou nheengatú(mistura das línguas).

Religião: católicos missioneiros(73%), protestantes(9%), xamanistas(10%), católicos romanos(4%) umbandistas(2%) outros(2%).

A Igreja Católica Apostólica Missioneira, tem origem nos jesuítas da região de Sete Povos que sentindo-se desamparados pelo Vaticano durante as guerras guaraníticas, se separam da comunhão com Roma, formando uma igreja dividida em Patriarcados, cujo primus inter pares é o Patriarca de São Miguel das Missões. O celibato clerical foi abolido, assim como o dogma do purgatório, a lingua liturgica é o guarani e tem uma vasta influência do xamanismo indígena.

Etnias: caboclos(50%), índios(20%), brancos(15%) negros(5%) triraciais(8%) e asiáticos(2%)

População: em torno de 40 milhões, divididos igualmente entre rurais e urbanos.


Economia: baseada na produção de carne bovina, algodão, arroz, erva mate, chá preto, laranja, café, milho, leite e outros insumos agrícolas. Industria na sua maioria de tecelagem, siderurgia e montadoras de automóveis.

Sistema de governo: a confederação é regida por um Triunvirato, composto por um religioso e dois políticos.

Lema: Co yvy oguereco jara(Esta terra tem dono)

Capital: o país tem 3 capitais
-São Paulo
-São Miguel das Missões
-Assunción

Presidente do Conselho Confederativo: Cassiano Konder
Equivalente a um Senado, cada província é representada por 3 conselheiros, também chamados de capitães ou moruvixa'etá.
Chanceler Geral: Juaréz Solano & Montoya
Equivalente a um presidente, é eleito por voto indireto pelas duas outras instâncias, o Conselho Federativo e o Conselho das Províncias, o cargo é chamado de karaí guasu.
Presidente do Conselho das províncias: Pe. Ubiratã de Mesquita
O Conselho das Provincias é um tipo de Câmara de Deputados eleitos por voto distrital popular, os parlamentares são chamados de kara'í.


Padroeiro: São Sepé Tiarayú,São José de Anchieta e a Virgencita de Caacupé.

Províncias: o exemplo mais parecido hoje é a Suíça, dezenas de estados autonomos juntos por um tratado confederativo. Os nomes entre parenteses sãos os nomes das capitais das provincias, os que não tem nome entre parenteses, a capital tem o mesmo nome da provincia.
-Paraná(Lapa) -governador: Duarte Pereira de Abreu
-Vale do Ribeira(Registro) -governador: Cristóvão Marcondes de Paiva
-Estado Jesuíta de Piratininga(Cidade-estado do Colégio de Anchieta) -governador: Pe. Andrés Toledo Linares
-Estado Jesuíta de 7 Povos das Missões(São Miguel das Missões) -governador: Pe. Irapuã Azambuja de Freitas
-Missiones(Posadas) -governador: Pancho Aranda
-Vale do Paraíba do Sul(São José dos Campos) -governador: Benedito Silveira Prestes
-Itajaí -governador: Conrado Werneck
-Serra Geral(Lages) -governador: José Antoniode Arruda
-Curitiba -governador: Estevão Ignatowsky
-Médio Paraná(Paranavaí) -governador: Ferdinando Ventura
-Pontal do Paranapanema(Mirante do Paranapanema) -governador: Oswaldo Takeshi
-República Autonoma de São Pedro de Piratini(Porto Alegre) -governador: Telmo Cortês de Freitas
-República Autonoma de São Paulo de Piratininga(São Paulo) -governador: Bernardo Taques Nobre
-República Autonoma de Maracajú(Campo Grande) -governador: Vespasiano Martins Neto
-Mantiqueira(Campos do Jordão) -governador: Marcos Hartung
-Estado Livre de Sorocaba -governador: Baltazar Ferreira de Souza
-Pousadas(Itapetininga) -governador: Francisco Fernandes de Castro
-Noroeste(S. José do Rio Preto) -governador: Gianluca Montecarlo
-Paranaguá -governador: Almir Prudêncio de Lima
-Vale do Iguaçu(Foz de Iguaçu) -governador: Antonio Khoury Fuad
-Estado de Itaipu(Santa Tereza de Itaipu) -governador: Silvano Benitez
-Chapecó -governador: José Carlos Landi
-Criciúma -governador: Ana Elisa Costa
-Estado Jesuíta de Nsa. Sra. do Desterro(Sta. Cruz de Anhatomirim) -governador: Rafael Vieira e Melo
-Serrania(Gramado) -governador: Aureliano Krammer
-Taragüi(Corrientes) -governador: Ramon Ortiz
-Mogiguaçu -governador: Floriano Goulart
-Estado Jesuíta de Embu -governador: Pe. Manuel Herrera Gómez
-Cidade de Santos -governador: Paulo Ermírio Ramalho
-Serra do Mar(São Vicente) -governador: Tibiriçá Brandão de Oliveira
-Guaíra -governador: Sepé Augusto Madariaga
-Campos de Cima da Serra(Santo Antonio da Patrulha) -governador: Bento Juliano de Godoy
-Paiaguás -governador: Camilo López de Francia
-Ponta Porã(Pedro Juán Caballero) -governador: Gaspar Hierrezuelo
-Miranda -governador: Carlos Mirosam
-Baixo Paraguai(Porto Ladário) -governador: Kuarái Silvério
-Amambaí -governador: Pedro Campos Mendoza
-Porto Quinze de Novembro(Bataguassu) -governador: Rosário Bernales
-Médio Tietê(Piracicaba) -governador: Dimas Lourenço
-Baixo Tietê(Andradina) -governador: Nicodemos Konder
-São Francisco de Assis(Assis) -governador: Valério Sousa Villares
-Terra Roxa(Sta. Cruz do Rio Pardo) -governador: Rogério Villas Boas
-Jacaré(Jacarezinho) -governador: Gonçalo Gaitán Robles
-Paraná do Norte(Londrina) -governador: Candido Trentino
-Laranjeiras(Guarapuava) -governador: Waldomiro Fogaça
-Palmas(Francisco Beltrão) -governador: Guaracy Pedroso Rocha
-Gran Chaco(Puerto Bahía Negra) -governador: Fernando Matiauda
-Assunción -governador: Cristiano Stroessner
-Pilcomayo -governador: Sebastián Marulanda
-Itapuá(Encarnación) -governador: Anahí Higueras
-Canindeyú(Salto de Guayrá) -governador: Chango Aberasturi
-Ñeembucu(Pilar) -governador: Dolores Cariaga
-San Pedro de Amambay. -governador: Mariano Herreiro

A Cruz Missioneira, principal símbolo da Confederação

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Última edição por Helmland em Qua Abr 17, 2013 10:39 pm, editado 9 vez(es)
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Confederação das Províncias do Grão-Paraná Empty Aparencia geral da população

Mensagem por Helmland Qua Mar 27, 2013 12:12 am

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Última edição por Helmland em Qui Mar 28, 2013 1:01 pm, editado 1 vez(es)
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Confederação das Províncias do Grão-Paraná Empty Re: Confederação das Províncias do Grão-Paraná

Mensagem por MárioLopes Qua Mar 27, 2013 1:35 pm

Pergunta: Teve um cisma jesuíta, e o atual papa é jesuíta. Logo, acabou o cisma?

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Confederação das Províncias do Grão-Paraná Empty Re: Confederação das Províncias do Grão-Paraná

Mensagem por Lancastr Qua Mar 27, 2013 2:56 pm

Pelo visto agora o papa é outro
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Mensagem por Helmland Qua Mar 27, 2013 6:35 pm

O cisma poderia ter ocorrida especificamente com os jesuítas da Bacia Platina, enquanto os que estavam na Europa e no resto do mundo continuaram com o apoio ao Vaticano. É uma sugestão.

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Confederação das Províncias do Grão-Paraná Empty Re: Confederação das Províncias do Grão-Paraná

Mensagem por Lancastr Qua Mar 27, 2013 6:45 pm

Digno
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Confederação das Províncias do Grão-Paraná Empty Imigrações

Mensagem por Helmland Qui Mar 28, 2013 1:38 pm

As principais ondas imigratórias ocorreram entre o final do séc XIX até os anos 40. Os principais imigrantes eram helmlandeses, japoneses, teutes e italianos.

Os principais redutos helmlandeses na confederação são a região da serra da Mantiqueira, onde são parte significativa da população em Campos do Jordão e Sto. Antonio do Pinhal, e fundaram mais dois municipios não muito longe, Nova Baviera e Santa Ursula. No interior na região do médio Tietê são parte significativa da população de Limeira, fundaram o municipio de Kirchdorf e de Nova Brabania, são também metade da população da cidade de Maracaí na província de São Francisco de Assis.

Tem colonias importantes na região de Serrania, nas cidades de Gramado e Canela, além de fundarem cidades como Teutonia e Nova Harz. O vale do Itajaí constitui uma das maiores concentrações de descendentes de helmlandeses, com várias cidades fundadas, as principais Brusque e Blumenau. Outra importante cidade já localizada na província de Chapecó é Treze Tílias.

Na região do Gran Chaco, helmlandeses anabatistas fundaram as cidades de Puerto Meno Simmons e Antuérpia del Chaco, ambas comunidades religiosas menonitas muito isoladas.

Os teutes na sua maioria são localizados na região do Pantanal Sul, no município de Teutenagari D'Oeste, na margem leste do Rio Paraguai, na província de Miranda(ao norte de Porto Murtinho), onde se dedicam a criação de gado bubalino(bufalos, em especial a raça jafarabadi), também são significativos em Porto Murtinho(também em Miranda) e Porto XV de Novembro.

Os japoneses na sua maioria são distribuidos ao redor da cidade independente de Embú, na cidade de São Paulo, no vale do Ribeira, em especial nas cidades de Registro e Juquiá, no Paraná do Norte, onde fundaram a cidade de Açaí, também são parte significativa da população de Londrina e nas cidades da margem leste do rio Paraná, em especial Paranápuã, Ilha Solteira, Rosana, Panorama e Castilho, e também Atibaia no médio Tietê.

Os italianos são parte significativa da população de São Paulo, na região de Serrania, no Itajaí, Chapecó, no Médio Tietê, em especial as cidades de Jundiaí, Jarinu e Nova Veneza, também fundaram a cidade de Pedrinhas Paulista na provincia de São Francisco de Assis e são maioria na cidade de Quiririm, no vale do Paraíba.


Os negros apesar de não terem participado do movimento migratório, mas terem sido levados a força na época da escravidão, formam um importante grupo étnico na confederação, são significativos no vale do Paraíba, em especial Itaguaçu, Guaratinguetá, Cruzeiro e Piquete, também são importantes no Vale do Paraíba, onde 2 quilombos se transformaram em municipios como Ivaporunduva e Morro Seco, além de serem significativos na região de Piracicaba e Capivari no médio Tietê, e também significativos em Porto Alegre,Pelotas e Nsa. Sra. do Desterro, onde formam as maiores comunidades negras praticantes de religiões africanas.

Outros grupos importantes são ucranianos, numerosos no Paraná, em especial em Prudentópolis, também numerosos em Curitiba e em Canindeyú. Russos também formam pequenas comunidades no Vale do Itajaí e no Gran Chaco, onde fundaram a colonia de San Nicolás. Também são parte significativa da cidade de Nova Odessa, no médio Tietê e formam um grupo pequeno na cidade de São Paulo.



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Confederação das Províncias do Grão-Paraná Empty Nomes próprios

Mensagem por Helmland Seg Abr 01, 2013 3:17 pm

Os nomes mais comuns na Confederação são:

Masculinos: José, João, Marcos, Lucas, Ubiratã, Moacir, Inácio, Olegário, Antonio, Sepé, Gabriel, Angelo, Irapuã, Yamandu, Kuarahy, Arasunu, Francisco, Rodrigo, Raoni, Ubirajara, Peri, Borja, Bento.

Femininos: Maria, Anahí, Guaracy, Moema, Potira, Jacy, Jacira, Mbicy, Bartira, Rosário, Rocío, Araci, Magdalena, Tainá, Gabriela, Iracema, Iara, Jandira, Janaína, Leopoldina, Isabel, Bibiana, Paula, Cristina.

Sobrenomes mais comuns: Souza, Sosa, Azambuja, Melo, Martins, Gutierrez, Segura, Ortega, Pacheco, Silva, Meirelles, Medeiros, Costa, Lopes, Nascimento, Amaral, Paes.
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Confederação das Províncias do Grão-Paraná Empty Heróis, Mártires e Santos

Mensagem por Helmland Seg Abr 01, 2013 9:48 pm

São José de Anchieta
Confederação das Províncias do Grão-Paraná View?id=56436&size=2

São Sepé Tiaraju
Confederação das Províncias do Grão-Paraná 00capajh

Nossa Senhora de Caacupé(ou Ñandesy Caacupé)
Confederação das Províncias do Grão-Paraná VIRGENC

Cacique Tibiriçá
Confederação das Províncias do Grão-Paraná Enigma03

João Ramalho
Confederação das Províncias do Grão-Paraná 6701081381_0598f2e060_z

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Confederação das Províncias do Grão-Paraná Empty História

Mensagem por Helmland Ter Abr 16, 2013 6:37 pm

A Confederação das Províncias do Grão-Paraná tem origens na justaposição da colonização portuguesa, espanhola e as múltiplas nações indígenas, unidas por um forte laço religioso e identitário que tomou forma e força especialmente a partir de 1750. A região das Missões era um vasto terreno formado por centenas de aldeamentos capitaneados por sacerdotes da Compania de Jesus, cada redução era praticamente auto-gerida e formada a partir do esforço catequético dos padres. Não muito longe, nos campos de Piratininga, uma casta de mestiços guerreiros também originados como aldeamento jesuítico, se aventuravam pela imensidão do território sul-americano apresando índios das reduções para o trabalho escravo nas suas fazendas e roças, atividade que cessou a partir de 1641 na batalha de M'Bororé, quando esses sertanistas de Piratininga foram derrotados numa batalha épica às margens de um rio chamado M'bororé. A partir de então, passaram a explorar outras regiões mais ao oeste, em barcos, procurando ouro, terras e riquezas.

Em 1750, um padre chamado Salazar Castillos, sentia-se pressionado pelas autoridades espanholas e portuguesas passa a se contactar com alguns sertanistas dos Campos de Piratininga, sabia que alguns deles, raivosos com a Coroa e com as autoridades constituídas, poderiam ser aliados numa eventual guerra. A partir de 1751, o padre Castillos passa a fazer visitas às regiões dominadas pelos sertanistas, e tem contato especialmente com um caboclo senhor de uma pequena fazenda em São Paulo, chamado Baltazar de Camargo Zunega, filho de uma ex-prostituta espanhola profundamente religiosa e um índio catequizado e alcunhado de João de Camargo. Baltazar, era um dos capitães descontentes com a Coroa, sentia-se traído, seu avô e seu tio, foram alguns dos mortos no Capão da Traição na guerra dos Emboabas 50 anos antes. As próprias autoridades portuguesas presentes na capitania, forçavam os caboclos a deixar sua lingua, proibiram o precário serviço de correio de repassar cartas escritas em língua geral além de incentivarem a migração de portugueses para área, dando para estes as melhores condições como colonos.

Entre 1751 e 1756, Castillos e Camargo trocaram cartas por meio de um serviço de correio clandestino, a mais famosa foi escrita em língua geral em 1755 pelo Padre Castillos, já se nota a formação de um sentimento nativista, identitário e separatista:

''Prezado Baltazar de Camargo. Está claro que a Coroa não atende ao anseios do nosso povo, esmagarão qualquer um que se colocar como empecilho para o progresso dos interesses das cortes européias, receio que caso não agirmos, em breve seremos totalmente destruídos, os déspotas de Lisboa e Madri já pressionam nossa Compania e querem acabar com nossas pequenas reduções, com a nossa Jerusalém bugra. Espero que possamos contar com o apoio dos caboclos dos Campos de Piratininga, sei que vocês são experimentados nas artes da guerra, e vossa experiência com a forja de metais e a nossa de carpintaria, poderiamos formar um exército invencível. Infelizmente, sinto que nem mesmo Roma está por nós, já foi contaminada pelos déspotas e receio que não teremos apoio nenhum do Pontífice. Que Deus nos ajude.''

Como resposta, Camargo deixa claro seu apoio ao projeto missioneiro:

''Eminentíssimo Pe. Castillos. Entendo perfeitamente sua colocação, a Coroa já nos decepcionou nas Minas Gerais, e não duvido que em breve nos aniquilarão quando perceberem que somos empecilhos para a gula dos emboabas. Sinto que devemos realmente formar uma aliança secreta, que só vira a tona no momento certo, mas terei que convencer muitos dos capitães, não duvido que em breve a Coroa nos contactará para dar cabo das suas reduções, mas te juro pela Santíssima Trindade que jamais estarei do lado dos emboabas, jamais. Que Deus nos proteja no erguimento de uma nova nação, de uma casta livre e forte.''


De fato, em 1755, emissários portugueses fazem um pronunciamento e contratam os serviços de alguns sertanistas para integrar as tropas reais para, junto dos espanhóis, esmagar os jesuítas na região das Missões. Já havia uma rebelião silenciosa ocorrendo em São Paulo, em Santana de Parnaíba, em Porto Feliz e diversas outras vilas, no mesmo ano, 2 representantes da Coroa na capitania, morreram ''acidentalmente'', um afogado num riacho e outro de ''flecha perdida'' num ''acidente de caça'', esses dois foram substituidos por novatos que não entendiam a língua geral, e apesar da sua insistência para que os caboclos falassem em português, um exército estava sendo formado que logo partiu com as tropas portuguesas para as Missões, imbuídos de uma missão, acabar com as tropas portuguesas por dentro, fingindo inicialmente ser aliado dos lusitanos.

Nas reduções, os jesuítas formavam um exército, precário mas moralmente elevado, não tinham armas modernas, apenas, tacapes, espadas, arcos e flechas, fundas e zarabatanas.

Às vesperas da batalha de Caiboaté, nas linhas portuguesas, pela noite, os sertanistas e seus soldados, na sua maioria indios e mestiços, incendeiam o acampamento e passam a matar os soldados portugueses e libertar e armar os escravos negros usados para puxar as peças de artilharia, enquanto isso gritavam ''co ivy oguereco iara'', esta terra tem dono! a mesma frase que do outro lado, o índio Sepé, o principal líder militar dos jesuítas, gritava ao iniciar o combate contra os espanhóis. O combate na linha de retaguarda foi relativamente fácil, os portugueses pegos de surpresa não esperavam pela mudança de lados dos piratininganos e mal tiveram tempo de resistir, ocorreu um massacre, e toda a fúria acumulada por anos de impostos, a traição nas Minas Gerais e o sentimento de abandono culminaram num banho de sangue com requintes de crueldade; os sertanistas não hesitavam em degolar, decapitar e infligir mortes macabras aos lusos.

Em 9 de fevereiro de 1756, as forças de São Paulo, chegam para reforçar o exército jesuítico contra os espanhóis, que atacavam pelo lado oeste, acompanhados de milhares de escravos negros libertos que agora lutavam pela causa nativisita, além de algumas tribos indígenas que acompanhavam os bandeirantes como mercenários. A chegada dessa força frustrou a vitória espanhola, e logo foram rechaçados por uma saraivada de tiros de canhão, agora tinham artilharia a disposição. Em 15 de Fevereiro, a vitória foi dos nativos, infelizmente, o comandante militar dos missioneiros, Sepé Tiarajú, tombou em combate envolto por mistério e um aura de santidade. Foi elevado à Mártir, um Santo Popular posteriormente canonizado. A vitória não significou o fim do sistema colonial, mas a região que hoje compõe a Confederação se tornou basicamente um vácuo do poder colonial, onde as lideranças locais, jesuítas e sertanistas se tornavam senhores e afastavam cada vez mais a influência da metrópole. Entre as principais medidas de afastamento, em 1758, os jesuítas missioneiros se separam de Roma e fundam a Igreja Católica Apostólica Missioneira e batizam praticamente todos os habitantes da região sob a nova jurisdição com sede em São Miguel das Missões, em Sete Povos, outras reduções apoiam a decisão, e a guerra é retomada em 1760, quando os espanhóis passam a tentar reprimir os jesuítas da região do Paraguai e do Gran Chaco, novamente os exércitos nativos vencem as batalhas, o que inicialmente serviu muito bem aos interesses portugueses, que a cada dia perdiam o controle sobre a região, a administração colonial estava praticamente falida, e passaram a se concentrar no nordeste brasileiro onde reforçaram o domínio.

Finalmente, em 1808, Napoleão invade Portugal e bloqueia a fuga da família real, com o domínio francês, a administração colonial entra em colapso e nos mais reconditos cantos do império colonial portugues passam a brotar rebeliões independentistas. Inicialmente os franceses se aventuraram na região para tentar sufocar as rebeliões mas fracassaram pela própria derrota na Europa e pela inferioridade numérica, em 1809, as forças napoleônicas são brutalmente derrotadas nos manguezais da foz do Rio Ribeira de Iguape. A partir de então, é assinado em Sorocaba um pacto confederativo entre diversos líderes, religiosos, capitães e chefes tribais formando a Confederação das Províncias do Grão-Paraná.




Soldado missioneiro:
Confederação das Províncias do Grão-Paraná 38

Baltazar de Camargo:
Confederação das Províncias do Grão-Paraná Bandeirante

1º Missa após o combate de Caiboaté:
Confederação das Províncias do Grão-Paraná Jesuita

Padre Castillos:
Confederação das Províncias do Grão-Paraná 18thc_JesuitFather

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Confederação das Províncias do Grão-Paraná Empty Fotos-povo

Mensagem por Helmland Ter Abr 16, 2013 10:28 pm

Descendentes de teutes tomando tereré em Nova Teutenagari d'Oeste-Miranda.
Confederação das Províncias do Grão-Paraná 3527850251_46067ed72f_z

Colona de origem helmlandesa em São Gabriel

Confederação das Províncias do Grão-Paraná 3931939711_b9f7282cf3_z

Baile em Indiaporã
Confederação das Províncias do Grão-Paraná Exchange1

Peões
Confederação das Províncias do Grão-Paraná Cavalgada_Boiadeira%2520(4)

Boiadeiro em Porto Ladário
Confederação das Províncias do Grão-Paraná 2185420757_615befaced_z

Moças em vestidos tradicionais de festa
Confederação das Províncias do Grão-Paraná Danza%20tradicional%20previa%20al%20partido%20ataviadas%20con%20ao%20po%60i%20%20y%20%C3%B1anduti%201

O costume do véu na missa é rigorosamente adotado
Confederação das Províncias do Grão-Paraná Consagrac3a7c3a3o1

Colonos helmlandeses de Maracaí
Confederação das Províncias do Grão-Paraná Maifestinterna
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Confederação das Províncias do Grão-Paraná Empty Política

Mensagem por Helmland Qui Abr 18, 2013 7:57 pm

A política na confederação é bem polarizada e ideologicamente definida e tem muitas influencias do caudilhismo e do coronelismo. Os principais movimentos políticos são:

(Os parenteses representam o apelido dos integrantes de cada partido)

-Movimento Integralista(Azulões): pró centralização do poder de inspiração autoritária, ultra-conservadora, e defensor do Estado orgânico e corporativo. Seus apoiadores são os grandes fazendeiros, o operariado, a classe média conservadora ligada à industria e setores e à classe militar.
Atual presidente: João Baptista Salgado.

-Juntas Republicanas Libertárias(Maragatos ou Colorados): alinhadas com os movimentos confederados em sí, pregam um sistema libertário com um mínimo de interferência do Estado, do ponto de vista dos usos e costumes são tão conservadores como os integralistas. Os principais apoiadores são os camponeses e pequenos produtores agrícolas além de pequenos comerciantes e artesãos das cidades.
Atual presidente: Borges Sáavedra.

-Movimento Social Democrático(Ximangos): meio termo entre os dois, pregam uma social democracia com uma participação ativa do Estado e da iniciativa privada, e até de capital estrangeiro, coisa que os integralistas tem pavor, de orientação economia neo-liberal. Seus apoiadores são os classe média das cidades ligados à serviços, banqueiros,profissionais liberais e médios agricultores.
Atual presidente: Ermelino Penteado.

O final do século XIX e início do XX foi o auge das lutas entre os partidos que transcenderam a política e passaram para a violência, o esquema de coronéis e caudilhos que controlavam certas regiões tornava o sistema uma verdadeira guerra. Nos anos 20 em especial, 4 revoltas ocorreram, uma no extremo sul, outra em São Paulo, deflagrada por militares do médio oficialato, uma terceira em Santos e outra em Paraná.

Caudilhos, coronéis e capitães.
Confederação das Províncias do Grão-Paraná Oswaldo-aranha-02


Última edição por Helmland em Ter maio 28, 2013 1:47 pm, editado 1 vez(es)
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Confederação das Províncias do Grão-Paraná Empty A lingua

Mensagem por Helmland Sáb Abr 20, 2013 3:29 pm

A confederação tem 3 línguas oficiais, o guarani, o espanhol e o português, na prática, as 3 se fundem em diversas proporções formando uma enorme gama de dialetos locais. Todos os habitantes são trilingües e falam cada língua em um dialeto diferente ou misturam as 3 dependendo da região.

Alguns exemplos das misturas lingüísticas:
Mbaé'ichapa chamigo/che compay?-como você está meu amigo?
Moro amoité.-moro longe daqui
Iporãmbaité-tá tudo certo
Dia porã!-bom dia
Ava pe'nde?-quem é você?
Vou Viamão'pe-vou pelo caminho de Viamão
Munto/Mucho gustoité!-prazer em te conhecer
Mbaetá!-quanta coisa.
Faloumba'eve.-falou muito mas não falou nada.

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Confederação das Províncias do Grão-Paraná Empty Armas que fizeram história

Mensagem por Helmland Qua maio 08, 2013 7:18 pm

A rapieira-facão de Baltazar de Camargo
Confederação das Províncias do Grão-Paraná 0314.

O sabre sorocabano de Sebastião de Almeida, o Mouro
Confederação das Províncias do Grão-Paraná 0349%20e%200349.b

A caroneira do Pe. Castillos
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O punhal do coronel Bento Mariano
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Confederação das Províncias do Grão-Paraná Empty 1850, relato do viajante Andries von Freyberg-Martius

Mensagem por Helmland Ter maio 14, 2013 4:47 pm

''São Paulo, junho de 1850.

Depois de um dia inteiro de viagem na calçada do Lorena, uma das primeiras estradas da América do Sul finalmente chegamos à cidade de São Paulo, a vimos de São Bernardo da Borda do Campo. Nosso guia, um velho tropeiro de Cubatão conhecia cada picada e caminho por entre a mata densa. O dia estava frio e úmido, uma garoa fina caía constantemente nos deixando molhados o tempo todo, a nossa idéia inicial de que a América do Sul era um inferno tropical estava errada, e sofríamos com a umidade exagerada que aliada ao frio e ao vento deixava a nossa viagem pouco confortável. Paramos num pequeno entreposto, um pouso de tropeiros, um pequeno estabelecimento onde se vendiam comida, cachaça, panos, mantimentos e se podia passar a noite e alimentar os eqüinos. Aproveitei a curta estada no entreposto para comprar um poncho, um belo poncho de lã preto forrado internamente por seda vermelha, meu assistente comprou uma capa de burel cinza de um tecido mais rústico. Aproveitamos para tomar notas e fazer desenhos dos usos e costumes das gentes daquelas bandas. O dono do estabelecimento era um mameluco de cabelos penteados e barba feita, usava uma camisa branca simples e calça de algodão cinza, o estabelecimento se parecia com um empório de secos e molhados, nas mesas se sentavam os donos das tropas ou os comissários, geralmente mais velhos, muitos deles brancos de barbas fartas e brancas, como os patriarcas de Israel, usavam o lenço desamarrado por sobre os ombros, o poncho colocado na cadeira na qual sentavam. O chão era todo riscado do arrastar das esporas, e o ar era impregnado pelo cheiro de fumo e cachaça.

Saímos do estabelecimento e seguimos viagem por uma floresta exótica, de pinheiros que nunca havia visto na vida que os nativos chamam de araucárias, árvores magnificas, cobertas de musgo, líquens vermelhos e verde-claro e cipós secos. Finalmente chegamos à São Paulo, a Capital da Solidão como era conhecida, e de fato, a cidade fazia jus ao nome, no planalto de Piratininga a cidade se erguia misteriosa, as ruas eram quietas, e os habitantes, talvez pelo frio e pela chuva, andavam cobertos da cabeça aos pés; as mulheres usavam longos vestidos escuros e um imenso chale que as cobria até a cabeça, o rosto era parcialmente escondido por uma mantilha de renda preta, somente se via mais claramente os lábios carnudos das moças por trás dos vários metros de tecido; os homens andavam de poncho, de cores sóbrias, cinza, preto, azul escuro ou verde escuro desbotado, chapéu bem colocado na cabeça escondendo os olhos, o que dificultava olhar mais atentamente para as características raciais das gentes daquele lugar. As casas na sua maioria eram brancas com manchas vermelhas de terra, a maioria das janelas de cor azul, ficavam fechadas, a maioria não tinha vidro, mas um tipo de veneziana de madeira entrelaçada, algumas janelas tinham formatos arabescos e se pareciam muito com as casas vistas no sul da Espanha, as quais tinham amplos pátios internos por dentro.''

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Confederação das Províncias do Grão-Paraná Empty Re: Confederação das Províncias do Grão-Paraná

Mensagem por Helmland Qua maio 15, 2013 10:24 pm

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Última edição por Helmland em Qua maio 22, 2013 9:48 pm, editado 1 vez(es)
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Confederação das Províncias do Grão-Paraná Empty Alguns líderes

Mensagem por Helmland Qua maio 22, 2013 12:15 am

General Marcondes Salgado: chefe do país durante os anos 30 e 40, governou com mão de ferro e era o principal representante do integralismo militarista, instituiu o Estado Corporativo, o serviço militar obrigatório, modernizou as forças armadas e se aliou com Helmland. Governou por duas vezes o país em mandatos separados.

Confederação das Províncias do Grão-Paraná DSC04737

General Izidoro Lopes: também chefe do país durante o regime militar, comandou de 1924 a 1932, quando foi sucedido por Marcondes Salgado. Lopes comandou a Revolução dos Tenentes em 1923 que tirou do poder o Estado liberal-burguês instituido num golpe de Estado em 1901.

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Pe. Angelo Rosas: presidente do conselho federativo de 1946 a 1950, principal líder do movimento confederalista e anti-centralização. Responsável por reformas políticas que reestabeleceram a autonomia provincial após vários anos de centralização.

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Filinto Konder: sucessor de Marcondes Salgado.


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Almirante Atahualpa Godoy: ultimo chefe de governo militar que promoveu a transição para o governo civil
Confederação das Províncias do Grão-Paraná 1943-004

Tenente João Cabañas: líder militar da revolução de 1923, conhecido pela crueldade contra os governistas e os mercenários estrangeiros, na batalha de Criciúma, mandou degolar os diretores da empresa Blythe e os mercenários contratados, o que rendeu uma crise diplomática com a Inglaterra.

Confederação das Províncias do Grão-Paraná Cabanas

Plínio Salgado: principal teórico do integralismo e do Estado Corporativo, foi o Secretário de Estado durante o governo de Marcondes Salgado.

Confederação das Províncias do Grão-Paraná 312534

Antonio Gaspar Fernandes: presidente da Confederação após o fim do regime militar em 1949.

Confederação das Províncias do Grão-Paraná ASSASSINATO-DE-JOAO-PESSOA-1


Última edição por Helmland em Qua maio 29, 2013 12:31 am, editado 4 vez(es)
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Confederação das Províncias do Grão-Paraná Empty Revoluções

Mensagem por Helmland Qua maio 22, 2013 6:46 pm

Revolução Tenentista de 1923:

Deflagrada com a crise do Estado liberal do presidente Quintana Machado, que promoveu uma onda de privatizações e concessões à grupos estrangeiros especialmente da França e Inglaterra. Os principais antecedentes da revolução ocorreram quando o governo central vendeu 3 mineradoras de Criciúma à uma empresa inglesa chamada Blythe Broters Co. de mineração, entre as medidas tomadas pela empresa foi a demissão de 25% dos mineradores e corte de salários e introdução de maquinário moderno. Desempregados, centenas de mineradores invadiram a diretoria e entraram em confronto com os guardas e mercenários contratados. Outra revolta, ocorreu em 1922 no vale do Ribeira, quando uma empresa francesa de mineração chamada Montfermat Co. se instalou na região e expulsou centenas de famílias de agricultores de seus lares para a abertura de uma mina de ouro, novamente, centenas de caboclos, quilombolas e indígenas entraram em confronto com os jagunços da empresa. Finalmente, em janeiro de 1923, ocorre no quartel de Porto Alegre um motim que se alastra por toda a confederação, a principal acusação dos revoltosos era que o governo estava vendendo o país aos estrangeiros. Em março do mesmo ano, tropas revoltosas invadem a sede do governo em São Paulo e Assunción, degolando os liberais e bombardeando a nova sede do governo que estava em construção em São Paulo.

Em 9 de julho de 1923 ocorre a queda do governo em Assunción e é proclamado o Estado Novo, de inspiração integralista, autoritária e militarista, inicialmente sob o comando de Izidoro Lopes. Os principais líderes do regime militar, também chamados de ''caudilhos'' foram:

-General Izidoro Lopes;
-General Marcondes Salgado;
-General Filinto Konder;
-General Marcondes Salgado, segundo mandato:
-Almirante Atahualpa Godoy.

Depois do regime militar, os próprios militares devolveram o poder aos civis, assumindo então Antonio Gaspar Fernandes, que continuou com a política de inspiração integralista, mas abrandando o autoritarismo.



Tenentes revolucionários, 1923.

Confederação das Províncias do Grão-Paraná Contestado030

Tropas revolucionárias em Guarapuava

Confederação das Províncias do Grão-Paraná Contestado002


Revolução de 1932: alguns anos depois da revolução, o governo de Filinto Konder, centralizou ainda mais o governo e suspendeu as liberdades políticas, acabou com a autonomia provincial e suspendeu as eleições provinciais. Descontentes, os militares do baixo oficialato junto com seus apoiadores, os ''alcaides'' como eram conhecidos os grandes fazendeiros junto com a modesta classe média e o proletariado promoveram uma revolução contra o acirramento da ditadura. Em 23 de Maio, estoura a revolução em São Paulo, seguido de Campo Grande e Curitiba, que formaram os principais pólos revolucionários. A revolução terminou em outubro com a resignação de Filinto Konder e a volta do General Marcondes Salgado, da ala branda das forças armadas, no poder.


Milicianos de Itararé
Confederação das Províncias do Grão-Paraná 1257224-0024-cp2

Revoltosos do exército em Curitiba
Confederação das Províncias do Grão-Paraná Scan0021

Alcaides e capitães reunidos em Itapetininga
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